quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Financiadora de Estudos e Projetos já tem novo Presidente.

 

Glauco Arbix, novo presidente da FINEP, toma posse nesta 6a, 28/1

O sociólogo Glauco Arbix é o novo presidente da FINEP
Nesta sexta-feira, 28/1, acontece a posse do novo presidente da FINEP, o sociólogo Glauco Arbix. A cerimônia, para convidados e imprensa, contará com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e será realizada no Espaço Cultural FINEP, no Rio de Janeiro, sede da empresa.
Nascido em Americana (SP), Glauco Antonio Truzzi Arbix é professor Livre-Docente do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP). O novo presidente da FINEP é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e Coordenador Geral do Observatório da Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Arbix foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2003-2006), Coordenador Geral do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (NAE, 2003-2006) e membro do Group of Advisers do United Nations Development Programme (PNUD-ONU, 2006-2009).
O sociólogo também foi professor do Departamento de Ciência Política da UNICAMP (1996-1997) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP, 1995). Realizou estudos de pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology, MIT (EUA, 1999 e 2010), na Universidade de Columbia (EUA, 2007 e 2009), na Universidade da California - Berkeley (EUA, 2008) e na London School of Economics (Reino Unido, 2002).
Após a cerimônia, haverá coletiva de imprensa às 11h com a presença do ministro e do novo presidente da FINEP. Jornalistas interessados devem se cadastrar previamente.
Contatos
Imprensa: Departamento de Comunicação da FINEP
imprensa@finep.gov.br 21 2555-0637 e 2555-0262

Convidados: Departamento de Promoção da FINEP
cerimonial@finep.gov.br 21 2555-0309 e 2555-0510


Fonte: Site da FINEP (27/1/2011)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mais economia, menos recursos

Publicado em  por Lester Brown*

A produção, o processamento e a disposição dos materiais na nossa moderna economia de descarte desperdiça não apenas recursos, mas também energia. Na natureza, fluxos lineares descartáveis não sobrevivem por muito tempo. Nem podem sobreviver na economia global em expansão. Uma aberração, a economia do descartável, desenvolvida nos últimos 50 anos, caminha agora para erguer a maior pilha de entulho da História.
O primeiro país a identificar o potencial para redução do uso de materiais foi a Alemanha. Inicialmente com Friedrich Schmidt-Bleek, no início da década de 90, e depois com Ernst von Weizsäcker, líder ambiental, no parlamento alemão (o Bundestag). Para os dois, as modernas economias industriais poderiam funcionar sem problemas usando apenas um quarto das matérias-primas prevalentes na época.
Alguns anos mais tarde, Schmidt-Bleek, fundador do Instituto Fator Dez, na França, mostrou que era tecnologicamente possível aumentar – por um fator 10 – a produtividade dos recursos, dada a política de incentivos.
Além de reduzir o uso de materiais, a economia de energia gerada pela reciclagem dispensa maiores explicações. O aço feito de sucata consome apenas 26% de energia em relação ao feito com minério de ferro. Para o alumínio, esse número é de 4%. O plástico usa apenas 20% . E papel reciclado, 64%, com bem menos químicos durante o processo. Se as taxas mundiais de reciclagem desses recursos fossem equiparadas àquelas já adotadas pelas economias mais eficientes, as emissões de carbono cairiam rapidamente.
A indústria, incluindo a de plásticos, aço, cimento e papel, responde por 30% do consumo mundial de energia. A petroquímica, que reúne produtos como plásticos, fertilizantes e detergentes, é a maior consumidora de energia no setor manufatureiro, contando com cerca de um terço do uso industrial global. No mundo, as crescentes taxas de reciclagem e a transição para sistemas mais eficientes de manufatura podem facilmente reduzir em 32% o uso de energia nesse segmento industrial.
A indústria global de alumínio, com produção de mais de 1,3 bilhão de toneladas em 2008, corresponde a 19% do uso da energia industrial.  Medidas como a adoção de sistemas mais eficientes de altos-fornos e a completa recuperação do aço usado ajudam a diminuir em 23% o consumo energético na indústria de aço.
A redução do uso de materiais deve ver a reciclagem do aço como objetivo primeiro, já que a sua utilização é gigantesca quando comparada com a de todos os outros metais juntos.
O seu emprego é hoje dominado por três indústrias: automóveis, aparelhos domésticos e construção. Nos EUA, praticamente todos os carros são recicláveis. Deixá-los apodrecendo em ferros-velhos equivale a um ato incompreensível de desperdício. A taxa americana de reciclagem de aparelhos domésticos gira em torno de 90%; a de latas de alumínio, em 63%; a de vigas e trilhos, em 98% e as de vergalhões, em apenas 65%. Ainda assim, o aço descartado sob várias formas é suficiente para resolver as necessidades da indústria automobilística americana. A reciclagem de aço começou a subir mais há uma geração, com o advento do forno voltaico em arco, tecnologia que transforma sucata em aço, utilizando apenas um quarto da energia requerida para produzi-lo a partir do minério de ferro.
Esses fornos correspondem à metade ou mais da produção de aço em mais de 20 países. Algumas poucas nações, incluindo Venezuela e Arábia Saudita, usam exclusivamente arcos elétricos. Se três quartos da produção de aço mudassem para fornos voltaicos utilizando sucata, o uso de energia na indústria de aço poderia ser reduzido em quase 40%.
Outra grande consumidora de energia é a indústria de cimento, que, em 2008, produziu 2,9 bilhões de toneladas. Com metade da produção mundial, a China sozinha fabrica mais cimento do que um conjunto de 20 países. E ainda assim o faz com extraordinária ineficiência. Se utilizasse as mesmas tecnologias de fornalha do Japão, poderia baixar em 45% o consumo de energia para produção de cimento. Caso todos os produtores de cimento do mundo adotassem os processos mais eficientes de fornos secos, o uso de energia despencaria 42%.
A reestruturação do sistema de transportes também concentra um alto potencial na redução do uso de materiais. Melhorar o trânsito urbano, por exemplo, significa que um ônibus de 12 toneladas pode facilmente substituir 60 carros de 1,5 tonelada, ou um total de 90 toneladas, reduzindo o uso de material em 87%. A cada vez que alguém troca um carro por uma bicicleta, o uso de materiais diminui em 99%.
O grande desafio que se impõe às cidades, na economia de energia, é reciclar o máximo possível de componentes dos materiais urbanos descartáveis. Hoje, praticamente todos os produtos de papel podem ser reciclados, incluindo caixas de cereais, panfletos e embalagens de papel, além de jornais e revistas. O mesmo vale para latas de metal, vidro e boa parte dos plásticos. O lixo da cozinha e do quintal pode ser transformado em adubo fertilizante de plantas.
Economias industriais avançadas com populações estáveis, como a Europa e o Japão, podem recorrer ao estoque de materiais existentes na economia em vez de se socorrerem em matérias-primas virgens.     Outra indústria emergente é a de reciclagem de aeronaves. Daniel Michaels escreveu no Wall Street Journal que a Boeing e a Airbus, concorrentes há 40 anos no mercado de aviões comerciais a jato, disputam agora para ver quem pode desmontar aviões com mais eficiência.
O primeiro passo no processo é retirar os componentes vendáveis da aeronave, como motores, trem de pouso, forno de cozinha e centenas de itens. Para um jumbo a jato, essas peças podem ser vendidas conjuntamente por até US$ 4 milhões. Na etapa de desmontagem final, recicla-se cobre, plástico e alumínio: este último material servirá na fabricação de carros, bicicletas e até mesmo outra aeronave.
O objetivo é reciclar 90% do avião. Mas talvez um dia seja possível atingir 95%. Com mais de três mil aviões de carreira já aposentados e outros muitos por vir, essa frota representa uma mina de alumínio.
Uma medida cada dia mais atraente para reduzir emissões de carbono é retirar o incentivo de indústrias consideradas não essenciais que fazem uso intensivo de energia. Em resumo, a redução de materiais contribui significativamente para diminuir as emissões de carbono. Isso começa pelos principais metais – aço, alumínio e cobre – cuja reciclagem requer apenas uma pequena fração da energia necessária para produzi-los a partir de minério.
Segue com os projetos de carros, aparelhos domésticos e produtos eletrônicos, de modo que possam ser facilmente desmontados para reutilização ou reciclagem. E inclui evitar o uso de produtos desnecessários.
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*Lester Brown é autor de Plano B 4.0 – Mobilização Para Salvar a Civilização (424 páginas, coedição brasileira de Ideia Sustentável e New Content, com patrocínio do Bradesco)



A Revista da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), "Inovação em Pauta" traz em sua 10a. Edição o artigo ""Inovação em Foco"", vale a pena conferir a matéria.

Aproveitem e boa leitura.


Boa Semana a todos!







Revista Inovação em Pauta

Uma vista de Israel

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Um lugar chamado "A cidade Dourada"

Minha Belém

Minha Belém
Nada se compara a essa Terra de Maravilhas Mil. Brasil és abençoado e Belém passou na fila várias vezes! AMO MEU PARÁ, AMO MINHA BELÉM!